Os elementos encontrados no vinho têm origens muito diferentes: águas subterrâneas, fertilizantes, poluição atmosférica, vinificação, envelhecimento, engarrafamento… Com base nestes fatores, o grupo de investigação liderado por Bernard Medina da Universidade de Pau tem estudado a possibilidade destes oligoelementos servirem para identificar vinhos de Bordéus autênticos e distingui-los da contrafação e falsificação.
Os primeiros elementos analisados foram: lítio (Li), boro (B), vanádio (V) e estrôncio (Sr). O lítio e o estrôncio têm um forte impacto geogénico (dependem da composição do subsolo), enquanto a presença de boro depende das práticas agrícolas e o vanádio do equipamento da adega.
Bernard Medina e o seu grupo demonstraram que a combinação das informações geogénicas com os contaminantes e as práticas vitícolas, representam uma ferramenta eficaz para determinar a origem geográfica de um vinho. Por exemplo, a combinação da análise de boro e de estrôncio permite distinguir os vinhos Pomerol de outros vinhos de Bordéus enquanto a análise de vanádio e boro permite distinguir Pomerol e Saint-Emilion de outros de Bordéus.
No entanto, estas análises não permitem uma clara distinção entre vinhos de Bordéus e vinhos chineses. É necessária a aplicação de análises que necessitam de conhecimentos científicos e técnicos significativos: análise de isótopos estáveis de estrôncio (86Sr, 87Sr) e chumbo (204Pb, 206Pb, 207Pb, 208Pb). A combinação da análise dos isótopos de estrôncio permite discrimina-los bastante bem. O mesmo se aplica para as combinações da análise das relações isotópicas de chumbo em que os vinhos franceses são muito diferentes daqueles encontrados nos vinhos chineses, na sequência da proibição da utilização de chumbo na gasolina.
Este trabalho foi objeto de uma comunicação no simpósio WINE TRACK 2015, onde foram abordadas questões de traçabilidade, autenticidade e integridade dos vinhos e bebidas espirituosas. Os diapositivos desta comunicação estão disponíveis no site do simpósio.
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