Numerosos esforços de reconstituição da temperatura foram desenvolvidos com vista a reavaliar o sobreaquecimento do séc. XX numa perspectiva milenar, uma vez que são raras as medições instrumentais anteriores a 1850 e inexistentes as relativas ao período anterior à segunda metade do séc. XVII. Os investigadores utilizaram as datas de vindima da região de Bourgogne para detectarem anomalias nos valores da temperatura desde 1370. As datas de vindima foram de facto registadas de forma manuscrita, fornecendo, assim, informações climáticas correctas e com uma cronologia absoluta. A informação climática foi extraída, graças a um modelo de desenvolvimento da vinha, em função da temperatura, ajustado para a casta Pinot noir. Foram tidas em consideração as datas de ocorrência de três etapas chave do desenvolvimento da vinha: floração, pintor e maturação. As reconstituições científicas demonstram que a região de Bourgogne, entre 1370 e 1850 (período geralmente conhecido como a Pequena Idade do Gelo), registou diversos períodos tão quentes como os dos anos noventa. No entanto, o ano de 2003 surge, claramente, como o ano mais quente que a região de Bourgogne conheceu, com uma anomalia de + 5,86ºC, 43% superior à anomalia registada no ano mais quente, 1523 (+ 4,10ºC As datas de vindima oferecem assim a possibilidade de reconstituir minuciosamente as variações da temperatura dos últimos séculos em numerosas regiões da Europa e do Médio Oriente. Elas permitem completar as bases de dados climáticos existentes e a obtenção de informações sobre as variações regionais do clima no decurso do último milénio. Aconselhamos a leitura integral do artigo. Título original: « Historical phenology: Grape ripening as a past climate indicator » No prolongamento da História humana e comparada do clima, estabelecida por Emmanuel Leroy Ladurie, professor honorário do Collège de France, investigadores do CNRS, do CEA e do INRA reconstituíram o clima da região de Bourgogne desde 1370, a partir das datas de vindima de Pinot Noir, casta rainha da região. Foi assim possível completar os dados sobre a evolução recente do clima. Os seus trabalhos foram publicados na revista nature de 18 de Novembro de 2004.
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