A preocupação dos viticultores relativamente às carências hídricas é muitas vezes grande, motivada pela seca estival que caracteriza, durante a maior parte do ano, o clima mediterrânico. Esta preocupação é tanto mais importante quanto é conhecido, que uma das soluções técnicas, a irrigação, está fortemente regulamentada ao longo de todo o ciclo vegetativo da vinha. De qualquer forma, diversos conhecimentos e observações apontam para a necessidade de recorrer a uma carência hídrica (moderada) ao longo do ciclo produtivo para que seja obtida uma colheita de elevada qualidade. É por isso necessário dispor de métodos que permanentemente permitam conhecer o estado das reservas do solo em água a fim de decidir meticulosamente eventuais fornecimentos, em termos de duração, quantidade e data. Para mais, face a uma preocupação de conservação e respeito da tipicidade dos vinhos, os fornecimentos (se os houver) deverão ser sistematicamente limitados para não comprometer a adaptação do binómio casta/porta-enxerto ao seu meio. A irrigação não deve ser uma técnica que permita implantar vinhas em solos ou climas que não permitam o crescimento natural, mas um recurso excepcional para assegurar a estabilidade económica de uma situação vitícola particular. Para o fazer, é primordial identificar a carência hídrica em tempo real e avaliar as repercussões sobre a qualidade da vindima. Foram desenvolvidos trabalhos neste sentido, pelo ITV, em estreita colaboração com técnicos de organismos agrícolas e de investigação agrária.
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