Estudos anteriores mostraram que os compostos terpénicos estão associados à expressão sensorial do “bouquet” do vinho, sendo usados para a caracterização varietal. O presente trabalho descreve o estudo de 171 vinhos, brancos e tintos, provenientes de diferentes castas, e de diferentes regiões de Portugal. Estas diferentes castas foram objecto de diversos estudos durante os últimos anos (de 1995 a 2000) principalmente no que se refere ao teor em terpenos livres, o que contribui para o interesse crescente na revisão do seu conteúdo. Todos os vinhos foram elaborados seguindo-se o mesmo procedimento de vinificação e analisados no ano da sua produção. As análises foram realizadas por injecção do extracto de eter/hexano do vinho num CG/FID. O objectivo deste trabalho foi o de estudar o perfil dos terpenos livres (linalol, alfa-terpineol, citronelol, nerol e geraniol) dos vinhos brancos e tintos com a finalidade de caracterizar 11 castas. Esta informação pode ajudar os produtores de vinho a seleccionar o melhor procedimento de vinificação, assim como obter informação para melhorar a qualidade do vinho. Pretendeu-se também agrupar os vinhos distintos em famílias, na tentativa de compreender de que modo as características do vinho são influenciadas pela casta. Maria Gomes e Loureiro são as duas castas brancas com níveis mais elevados de terpenos livres, enquanto que nos vinhos tintos a Touriga Nacional apresenta a maior quantidade em monoterpenos livres. Este estudo também conclui que os vinhos provenientes da Touriga Nacional apresentam níveis de terpenos livres comparáveis aos de alguns vinhos brancos. 1 – Escola Superior de Biotecnologia, Universidade Católica Portuguesa, Rua Dr. Bernardino de Almeida, 4200-072, Porto, Portugal 2 – Sogrape- Vinhos de Portugal, Aldeia Nova de Avintes, 4400 V. N. Gaia, Portugal * Correspondência – antonina@esb.ucp.pt
Com a finalidade de ajudar os enólogos na escolha do..
Artigo publicado na revista Ciência e Técnica Vitivinícola, Volume 22,..