A composição do mosto e de vinhos elaborados a partir das castas de Chardonnay, Syrah e Cabernet Sauvignon com diferentes graus de infecção de oídio foi analisada durante duas vindimas (2000 e 2001). O sumo de Chardonnay e o vinho feito a partir de lotes de uva com 0%, 1-5%, 10-30% e 31-100% de uvas visualmente afectadas pelo oídio mostram um aumento da acidez titulável, de compostos fenólicos totais, do teor em hidroxicinamatos e flavonoides ligados ao aumento do nível de infecção. Durante o ano de 2001, as uvas de chardonnay com mais de 30% de infecção tiveram um valor em sólidos solúveis totais (TSS) mais baixo que as uvas menos infectadas ou sãs. As uvas de Cabernet Sauvignon infectadas (de 1 a 20%) apresentaram igualmente um teor em sólidos solúveis totais, assim como, uma concentração em compostos fenólicos e em valores espectrais mais baixos que os das uvas sãs. A população total microbiana foi maior em todas as variedades afectadas quando comparada com a das uvas sãs. As análises sensoriais dos vinhos de Chardonnay da vindima de 2001 mostraram que os vinhos elaborados a partir de uvas infectadas pelo oídio foram avaliados como sendo « oleosos » e « viscosos ». Outras diferenças sensoriais foram encontradas mas foram atribuídas ás diferenças de fermentação e a outros efeitos indirectos da contaminação como ás diferenças em sólidos e à acidez. Nenhum aroma de mofo ou outros defeitos aromáticos foram encontrados nos vinhos provenientes das uvas infectadas. No entanto, este estudo demonstrou que mesmo um fraco nível de contaminação pelo oídio tem consequências negativas sobre as características sensoriais de um vinho. Aconselhamos a leitura do texto integral. Título original: The effect of powdery mildew infection of grape berries on juice and on wine composition on sensory properties of Chardonnay wines)