A viticultura portuguesa representa aproximadamente 50% do setor agrícola nacional, regista cerca de 13.000 empresas em exercício e produz cerca de 7,2 milhões de hectolitros de vinho, cujas receitas anuais rondam os mil milhões de euros, repartidos entre o mercado interno e a exportação. Portugal é o 5º produtor de vinho da UE e o décimo a nível mundial. Em área de vinha Portugal ocupa a 8ª posição no Mundo e o 4º lugar na UE. Os vinhos portugueses têm vindo a conquistar uma imagem de qualidade e excelência nos mercados mais exigentes, contribuindo decisivamente para potenciar condições de competitividade nos mercados externos, cada vez mais agressivos e em permanente transformação. A qualidade do vinho português e a sua imagem, caminham de mãos dadas com os prémios recebidos, que vêm reconhecer a evolução das empresas do setor. A comprovar essa evolução, relembramos alguns dados relevantes, conquistados pelos vinhos portugueses: • Receberam um total de 123 medalhas no grande Concurso Internacional de Vinhos “Mundus Vini 2010”, na Alemanha, alcançando Portugal o quinto lugar do ranking, atrás da Alemanha (471 medalhas), Itália (350), Espanha (229) e França (171). • Em Londres, no Wine Challenge 2010, de entre os 118 vinhos premiados com este troféu, 11 eram vinhos portugueses. • A revista Wine Enthusiast na sua última edição (Novembro 2010) incluiu 7 vinhos portugueses no Top 100 Cellars Selections (Cave). Todavia apesar deste sucesso, a liberalização do mercado, a globalização e o clima de crise que se vive, conduziram um número crescente de países não produtores tradicionais, a aparecerem no mercado com vinhos de qualidade, excelente apresentação e preço muito competitivo, o que vem levantar novos desafios ao setor e colocar em risco a sustentabilidade das posições conseguidas. Se no mercado externo esta perspetiva é facilmente percecionada, já no mercado interno, tendo em conta a posição confortável, em termos de quota de mercado, que os vinhos de origem nacional possuem, leva muitos a desprezarem esta possibilidade e a acharem que isolados, ou apenas apoiados nas suas marcas, têm a sobrevivência garantida. A Associação Empresarial de Portugal (AEP), pelo contacto e conhecimento que tem da realidade empresarial nacional, considera em contrapartida, que urge assumir uma acção concertada de defesa do produto nacional, orientada tanto para mercado interno como externo, no sentido de reforçar a capacidade competitiva dos produtos com origem nacional, como é o caso do vinho. É neste sentido que lançou em 2006 o Projeto “Compro o que é nosso” que na campanha de 2010 assumiu como assinatura “Portugal. A minha primeira escolha” e o selo como LogoMarca, com o qual se procuram atingir cinco objetivos: 1. Aumentar o valor da oferta nacional junto dos consumidores em geral. 2. Aumentar o envolvimento de empresas ao projeto, para que seja criado um movimento de Valorização da Oferta Nacional, ampliado pela visibilidade da LogoMarca a colocar nos produtos e outros suportes de marketing, das empresas aderentes. 3. Aumentar a notoriedade e colocar no “top of mind” dos portugueses, a Marca como uma imagem de inovação, compra segura e rácio qualidade/preço atrativo. 4. Apoiar o tecido empresarial nacional de modo a contribuir para o reforço da sua competitividade e internacionalização; 5. Contribuir para o desenvolvimento económico nacional e regional e apoiar o combate ao desemprego. É neste sentido que nos dirigimos a todos os produtores nacionais de vinhos, para que adiram ao projeto, ajudando a reforçar a sua própria competitividade, tanto interna como externa, pelo efeito de marketing que daí pode resultar para as suas Marcas próprias, permitindo capitalizar a excelente imagem que o vinho português conquistou e contribuindo simultaneamente para o reforço da economia regional e nacional. Nota: O Ministério da Agricultara reconhecendo a importância do projeto, veio colocar ao dispor dos agricultores (entre os quais se incluem os produtores do setor), a possibilidade de poderem aderir ao Projeto, sem encargos, uma vez cumpridos requisitos associados à dimensão das instituições candidatas. AJUDE-NOS A TORNAR PORTUGAL MAIS COMPETITIVO Gabinete de Projectos Especiais da AEP ***Este texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico***
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