O vinho branco em garrafas transparentes expostas à luz pode sofrer fenómenos de alteração que afetam a sua qualidade.
De facto, sob determinadas condições, pode ocorrer uma reação entre a riboflavina (RF) e a metionina (Met), dando origem à formação de metanotiol e dissulfeto de dimetilo. Esses compostos sulfurados são os principais responsáveis pelas sensações gustativas do denominado “gosto de luz” (LST) que compreende notas ligeiras indesejáveis descritas como couve cozida, cebola e alho.
Os possíveis tratamentos enológicos para prevenir este defeito, incluem a utilização de leveduras capazes de libertar baixos níveis de RF, a remoção de RF com carvão ativado e a adição de compostos antioxidantes, como taninos hidrolisáveis e/ou glutatião.
Este trabalho apresenta os mais recentes resultados obtidos por este grupo de investigação, uma referência na investigação desta temática, mostrando o efeito protetor dos taninos hidrolisáveis, e analisando o papel dos iões metálicos em relação ao teor de oxigénio dissolvido, bem como, a natureza química dos compostos fenólicos presentes. Os resultados obtidos representam um importante avanço no conhecimento das reações foto-induzidas, e contribui para a prevenção do defeito “gosto de luz” no vinho branco.
VÍDEO SEMINARIO EM INGLÊS
Trabalho finalista do Prémio ENOFORUM 2020: apresentação de Daniela Fracassetti durante o Enoforum Web (5 a 7 de maio de 2020).
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