Muitos viticultores e enólogos temem tanto a chuva como a rega durante a fase de maturação da uva porque pensam que a água pode "diluir" a qualidade. Este artigo analisa a investigação mais recente realizada por um grupo da Washington State University, que mostra como as uvas podem regular o seu tamanho e concentração mediante a gestão da entrada e saída de água.
O início da fase de maturação (pintor) é caracterizado por um aumento exponencial de açúcares e também de água para satisfazer as exigências do bago. Isto permite que as uvas amadureçam mesmo sob condições de stresse hídrico. Se o clima é muito quente e seco, as uvas podem libertar o excesso de água por transpiração através da película; pelo contrário, quando o clima é húmido, o excesso de água é distribuído pelas folhas.
Os dados utilizados, baseados em testes de campo, mostram que a rega gota a gota e por sulco durante a fase de maturação não provoca uma diluição qualitativa das uvas; no entanto, a chuva e a irrigação por aspersão, ou mesmo condições climáticas muito húmidas, não apenas bloqueiam a evapotranspiração dos bagos, como também conduzem à entrada de água através das películas.
Conclusão, a chuva e a irrigação por aspersão podem prejudicar a qualidade da uva dependendo da data de vindima e se existe ou não um período de tempo suficiente para perder o excesso de água.
VÍDEO SEMINÁRIO EM INGLÊS
O seminário deste vídeo foi apresentado na 11ª edição do Enoforum (31 de maio a 1 de junho de 2018, Zaragoza, Espanha). Seminário patrocinado por Lallemand.
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